Therezinha nasceu em Pirajuí, nos idos anos de 1935. É a 13ª de 14 filhos de uma família que tinha poucos recursos econômicos.
No interior e depois em São Paulo-capital, Therezinha trabalhou em muitas firmas: foi bilheteira de cinema, secretária, balconista, operária em fábricas e metalúrgica. Depois deixou de trabalhar fora de casa para cuidar de sua mãe, doente, visto que a família não possuía meios de pagar uma cuidadora.
Embora não tenha nem completado o primeiro grau nos estudos, aos 35 anos, sem saber tocar nenhum instrumento musical, começou a compor. Tinha boa voz e passou a criar suas próprias melodias que cantarolava enquanto trabalhava. Therezinha compôs dezenas de músicas, que só ganharam gravações caseiras de alguns amigos. Primeiro vinha a melodia na cabeça, depois as letras eram postas como uma arte de amor. Para não esquecer nenhuma de suas criações, em um Natal, Therezinha ganhou um gravador de fitas cassetes, que hoje guardam a memória de seus pescadores, de suas meninas, de seus cantos natalinos.
Aos 55 anos, já uma senhora autodidata, aventurou-se a escrever contos infantis. Tem outras dezenas deles. São criativos, inéditos, com lições divertidas às crianças de hoje que, apesar da Internet, apesar dos games, apesar da TV HD, continuam sendo crianças que necessitam aprender dos personagens míticos.
Quero registrar minha admiração e meu tributo, a essa senhora que aos 75 anos conseguiu realizar um sonho longamente acalentado: publicou pela primeira vez um livro com alguns dos seus contos. Mas o sonho não veio fácil: Therezinha tem um tino pelo comércio invejável. Agora, ela que sempre fez propaganda dos outros, está aprendendo a fazer a própria propaganda para vender pessoalmente a maioria dos seus livros.
Lá a vejo, com seus passos cuidadosos pelas calçadas da metrópole, visitando seus muitos e muitos conhecidos. Lá vai Therezinha, ensinando que um sonho se constrói a cada dia da vida, seja longa seja curta. Lá vai Therezinha, ensinando que o sonho não é quimera, é meta que nos mantém jovens.
Quem desejar conhecer os contos de Therezinha, ligar para (11) 3171-2198 |
Muito bom!
ResponderExcluirGostei bastante!
Parabéns!
Aline
Linda história! Digna de ser copiada! Realmente querer é poder!
ResponderExcluir