Uma das principais causas de limitação para muitas pessoas
mais velhas é a osteoartrose (ou simplesmente artrose) de joelhos. A osteoartrose
que, de modo geral, pode afetar qualquer articulação (“junta”) é uma das
variadas doenças evolutivas contra as quais a Medicina ainda não conta com
remédios realmente efetivos para impedir o desenvolvimento do problema. No caso
da osteoartrose de joelhos, a dor para caminhar costuma ser um empecilho que
frequentemente faz com que os pacientes comecem a limitar suas caminhadas
fazendo com que a doença evolua mais.
Por isso é importante levar em conta o que um estudo recente[1]
acaba de confirmar: é necessário manter-se ativo para que a limitação seja
menor. Os pesquisadores observaram que, nos dois anos de estudo, os sujeitos que
tinham risco para desenvolver osteoartrose de joelhos que davam no mínimo cerca
de 3.500 passos por dia tiveram menor progressão da limitação dos joelhos.
Esse dado é interessante porque existem diversas
recomendações para preservação da saúde como um todo que recomendam pelo menos
10.000 passos ao dia. O que este estudo mostra é que com muito menos já há
benefícios e, claro, para os que conseguem caminhar mais, os benefícios são
ainda maiores.
Como sempre, para manter a saúde, “é preciso mexer-se para
não atrofiar”! Para quem têm risco de desenvolver osteoartrose de joelhos, é
importante ter como meta dar entre 3.000 e 6.000 passos por dia. Para ter uma
ideia do quanto isso significa, não é difícil nem muito caro contar o número de
passos usando um pequeno aparelho chamado pedômetro.
Além da atividade física, é bastante recomendável conversar
com o médico geriatra ou reumatologista ou fisiatra ou ortopedista que outras
medidas medicamentosas e não medicamentosas devem ser tomadas para o
acompanhamento da osteoartrose de joelhos. Sempre devemos olhar o paciente de
forma holística para que a vida possa ser melhor mesmo que existam problemas!
[1] White, D. et al. Daily Walking and the Risk of Incident Functional Limitation in Knee
Osteoarthritis: An Observational Study. Arthritis Care & Research Vol. 66, No.
9, September 2014, pp 1328 –1336.